Reflexão sobre o Ensino e a Aprendizagem

O título da postagem anterior é "Competência para ensinar", mas tenho pensado muito sobre como ensinamos e como as crianças aprendem e se não seria melhor "Como desenvolver competência para aprender".  Depois de conhecer a obra dos prof. Toru Kumon, os pensamentos do prof. Joseph Jacotot e as descobertas da neurociência não há como não refletir profundamente sobre o que fazemos na educação.
O aluno precisa de professor ou de orientador para aprender? Será que os alunos não seriam capazes de aprender por meio da autoinstrução?
Os alunos do prof. Jacotot aprenderam conteúdos de disciplinas que ele não era graduado ou especialista. O Prof. Jacotot foi o orientador dos estudos. Os alunos do Kumon aprendem e dominam matemática tão bem e apresentam excelentes resultados em exames e olimpíadas de matemática em assuntos que aprenderam pela autoinstrução.
Observe esse relato que saiu na última revista Cálculo Especial:
“Uma vez, um aluno tinha de executar a conta 1,5 x 32, e ele escreveu 32 + 16 = 48. A professora considerou o resultado errado! Ela não percebeu a criança tinha somado ‘uma vez 32’ com ‘meia vez 32’. A situação era simples, mas se revelou sofisticada demais para a professora, que não estava acostumada a raciocínios fora do padrão” diz Marcelo Lelis, autor de livros didáticos sobre matemática.
Fonte: Revista Cálculo edição especial 1 ano 2

Pelo visto, o professor pode ajudar, mas também pode atrapalhar. Não deixe de ler o livro O Mestre Ignorante de Jacques Ranciere que discorre sobre o pensamento do prof. Joseph Jacotot (tem comentários postados neste blog) e não deixe de conhecer e observar alunos que fazem Kumon  do 1º Ano do Ensino Fundamental resolvendo frações ou equações e alunos do 9º ano do Ensino Fundamental resolvendo cálculos com derivadas e integrais. Você vai refletir sobre o processo de aprendizagem e sobre o potencial das crianças.

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