Por que, mesmo sendo a 6ª economia do planeta, o Brasil ainda está no 88º lugar do ranking mundial da educação?*
“A primeira explicação é histórica e cultural: a ideia de que a educação básica é um direito só foi de fato incorporada na nossa cultura muito recentemente. O segundo motivo é pedagógico: muitos projetos pedagógicos que as avaliações já mostraram serem ineficazes continuam em uso.
E a debilidade da educação já afeta nossa posição econômica, por não conseguirmos produzir aqui o que se faz facilmente em outros lugares.”
José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da UFMG.
“O que nos levou a essa contradição foi a falta de um projeto de nação que ultrapassasse os limites dos períodos governamentais e se concretizasse em políticas públicas eficientes.
A educação foi tratada, ao longo dos anos, com ações pontuais, sem estratégias claras e objetivos bem definidos. Por outro lado, a economia trabalha com processos de gestão, busca resultados e define metas previamente. Quando o país cuidar da educação da mesma forma que cuida da economia, o fracasso escolar, que atinge milhões de alunos, fará parte de uma história superada. Mas, para isso, é urgente rever a forma de trabalhar a educação brasileira.”
Viviane Senna, empresária brasileira, presidente do Instituto Ayrton Senna e conselheira do Todos pela Educação.
*Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Unesco, publicado em 2011.
Juntos, podemos mudar a realidade da educação no Brasil.
Faça a sua pergunta e encontre muitas outras respostas em:
Por que, mesmo sendo a 6ª economia do planeta, o Brasil ainda está
no 88º lugar do ranking mundial da educação?*
“A primeira explicação é histórica e cultural: a ideia de que a educação básica é um direito só foi de fato incorporada na nossa cultura muito recentemente. O segundo motivo é pedagógico: muitos projetos pedagógicos que as avaliações já mostraram serem ineficazes continuam em uso.
E a debilidade da educação já afeta nossa posição econômica, por não conseguirmos produzir aqui o que se faz facilmente em outros lugares.”
José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da UFMG.
“O que nos levou a essa contradição foi a falta de um projeto de nação que ultrapassasse os limites dos períodos governamentais e se concretizasse em políticas públicas eficientes.
A educação foi tratada, ao longo dos anos, com ações pontuais, sem estratégias claras e objetivos bem definidos. Por outro lado, a economia trabalha com processos de gestão, busca resultados e define metas previamente. Quando o país cuidar da educação da mesma forma que cuida da economia, o fracasso escolar, que atinge milhões de alunos, fará parte de uma história superada. Mas, para isso, é urgente rever a forma de trabalhar a educação brasileira.”
Viviane Senna, empresária brasileira, presidente do Instituto Ayrton Senna e conselheira do Todos pela Educação.
*Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Unesco, publicado em 2011.
Juntos, podemos mudar a realidade da educação no Brasil.
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COMENTÁRIOS:
Excelente campanha, pois precisamos de respostas e mudanças.
Por quê? Se “são as perguntas que movem o mundo”, espero que essa pergunta contribua para mudar e melhorar a educação brasileira.
Sobre as explicações apresentadas, concordo que a educação básica deve melhorar urgentemente, afinal, os problemas da nossa educação começam nas primeiras séries, ou melhor, nos primeiros anos. Também concordo sobre o motivo pedagógico, afinal, devemos trabalhar com base na eficiência e na eficácia. Precisamos conhecer os métodos que realmente proporcionam resultados eficazes. Conheço e gosto de várias teorias educacionais, mas quais são os métodos que desenvolvem os alunos?
Por último, acredito que precisamos de planejamento estratégico para a educação metas e ações. Muitos atuam na educação sem Visão e outros têm Visão, mas não têm ações. Precisamos dos dois



TDAH - A estratégia mais eficaz


Está acontecendo um grande embate, para não dizer conflito, entre médicos, principalmente psiquiatras e pediatras, e psicólogos e pedagogos sobre TDAH. Erros e acertos nos comentários dos dois lados. Mas quero adiantar a minha opinião. TDAH existe e conheço dois caminhos que estão entre os melhores para o desenvolvimento de crianças e adultos com TDAH: o estudo individualizado que respeita o ritmo, a capacidade e o momento de cada indivíduo e as Inteligências Múltiplas. Em casos mais severos, certamente uma minoria, podemos encaminhar para que o médico possa receitar a famosa Ritalina.

Outro aspecto de muita controvérsia em relação ao TDAH é o diagnóstico. A melhor recomendação é que seja feito por uma equipe multidisciplinar. Como o diagnóstico não é fácil, recomendam-se cuidados com as medidas extremas. Por isso que ratifico: a melhor proposta é a educação individualizada que não será nem tanto e nem tão pouco, contribuirá para o fortalecimento da autoestima e o desenvolvimento da concentração, aspectos bem delicados nas pessoas com o TDAH.

Ações embasadas na Teoria das Inteligências Múltiplas contribuirão decisivamente, pois identificando a área que a criança tem mais facilidade e identificação, com certeza será um começo para trabalhar a autoestima, concentração e por meio das potencialidades superar as dificuldades.

Conheci vários alunos diagnosticados com TDAH (?), mas preciso relatar um caso que me chamou a atenção. A aluna M estava na 3ª série do Ensino Fundamental (4º ano), segundo a professora, ela não se concentrava nas aulas e não parava em muitas outras atividades. Havia um diagnosticou que ela tinha TDAH. Analisei uma avaliação que comprovava que a aluna não sabia fazer as operações de divisão e tinha muitas dificuldades em multiplicação, subtração e adição. Na escola a aluna M tinha que resolver exercícios e problemas que envolviam as quatro operações. Como essa aluna ia ficar concentrada e focar a atenção para resolver o que ela tinha muita dificuldade? Percebendo que essa aluna tinha facilidade nas contas básicas de adição (3+1, 6+1), ela recebeu vários exercícios com essas operações, concentrou-se e resolveu tudo por 12 minutos com muita atenção. Elogiei bastante a dedicação e o desempenho dela e ela ficou bem feliz e motivada para fazer mais. 

É preciso ter ciência da capacidade e dos conhecimentos prévios do aluno para poder colocar uma atividade que ele tenha condições de acumular experiências de sucesso. Sem isso, não podermos afirmar que um determinado aluno é hiperativo ou tem déficit de atenção. Seria descortês com a criança.

Peça para uma pessoa que não sabe jogar xadrez para se concentrar numa partida de xadrez ou tente ensiná-la da forma mais complexa. Por certo dirá que não tem concentração.

Como crianças que são consideradas hiperativas ficam tranquilamente concentradas por várias horas diante do game?   

Não adianta um lado dizer que não existe e é apenas um perfil muito ativo dos tempos modernos, como também não se pode generalizar que todo muito precisa de química. EQUILÍBRIO. Equilíbrio nas análises e nos comentários fará muito bem para o principal interessado: o aluno.

Saiba mais sobre método de estudo individualizado do professor Toru Kumon e sobre formação em Psicopedagogia Modular - embasada na Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner e na Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg.  As crianças com ou sem TDAH agradecerão profundamente.

Opinião: Os pais e a Educação dos filhos

"É bom lembrar que uma boa escola depende de todos ? do diretor, do professor, do prefeito, dos pais, dos próprios alunos", afirma Mozart Neves Ramos

Fonte: Zero Hora (RS)

05 de outubro de 2012

 

A campanha A Educação Precisa de Respostas, do Grupo RBS, entra na sua terceira fase – aumentar o envolvimento dos pais na Educação dos filhos. As pesquisas nesse campo mostram que as Escolas em que há maior participação dos pais na vida Escolar dos filhos tendem a propiciar melhor desempenho Escolar e a reduzir os níveis de indisciplina e de violência, criando um ambiente mais propício à cultura da paz. Daí a grande importância dessa nova fase da campanha liderada pela RBS.

Para começar, vale lembrar um sábio provérbio africano: “Para educar uma criança, é preciso toda uma aldeia”. Mas os pais têm o dever de educar e de cuidar de seus filhos em casa; isso não pode ser transferido totalmente para a Escola e seus Professores, que também têm seus próprios filhos para cuidar e educar.

Não é preciso saber tudo o que os filhos estão estudando, mas ter a Educação como um valor familiar, demonstrar interesse e acompanhar seus estudos pode contribuir para estimulá-los e para que eles aprendam cada vez mais.

Certa vez, e isso já na universidade, eu estava com muitas dificuldades na disciplina de desenho técnico, poderia mesmo ser reprovado – o que aconteceria pela primeira vez em minha vida Escolar. Ao perceber minhas dificuldades, meu pai me presenteou com um belo estojo de desenho, acompanhado de um abraço. Aquele gesto me deu o ânimo e a confiança de que eu precisava, pois foi uma maneira de ele dizer que estava comigo. E assim, consegui me sair bem nas provas seguintes.

“Como posso participar da vida Escolar de meu filho?” Essa é uma pergunta que os pais fazem com frequência ao movimento Todos Pela Educação. A resposta é relativamente simples e pode ser aplicada no dia a dia: visitar a Escola de seu filho sempre que puder, conversar com os Professores para saber como ele está nos estudos e comparecer às reuniões da Escola. Porém, apesar disso, os pais têm encontrado dificuldade em participar. Uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência mostrou que 40% dos pais não têm tempo de ir à Escola dos filhos. Mas é importante lembrar que os filhos gostam de saber que os pais sentem orgulho por eles estarem estudando, que eles estão interessados em participar de sua vida Escolar.

Portanto, mesmo que não se tenha tanto tempo, conversar sempre com os filhos sobre a Escola, a Professora, os colegas, o que eles estão aprendendo, do que mais gostam também é uma maneira de manifestar interesse e zelo por uma boa Educação.

Outra pergunta que surge com frequência no Todos Pela Educação é o que os pais devem cobrar da Escola. É bom lembrar que uma boa Escola depende de todos – do diretor, do Professor, do prefeito, dos pais, dos próprios Alunos. Cada um tem a sua parcela de contribuição. Por exemplo, é direito de seu filho ter bons Professores que se mostrem interessados na aprendizagem dele, que não faltem às aulas e não se atrasem. Por sua vez, os Professores devem ser respeitados, devem passar lição de casa e corrigi-la com zelo. Aos pais cabe o acompanhamento do dia a dia, como prestar atenção se os filhos estão fazendo as lições de casa.

A mesma pesquisa citada anteriormente mostrou que 35% dos pais que vivem nas regiões metropolitanas do Brasil não acompanham a lição de casa dos filhos. Entretanto, a lição de casa e as eventuais tarefas passadas pelo Professor representam uma parcela importante no processo de Ensino-aprendizagem. Não foi à toa que o movimento Educar para Crescer, da Fundação Victor Civita, escolheu esse como o tema do ano em seu processo de mobilização social por uma Educação de qualidade.

Em relação à direção da Escola, os pais devem exigir, quando não houver, a criação do conselho Escolar, pois sua ação ajuda a melhorar os resultados da Escola e a solucionar os problemas do dia a dia. A direção da Escola também deve ser transparente em relação aos recursos envolvidos na melhora do estabelecimento. Os Alunos também têm direito a uma boa merenda todos os dias e a receber livros de boa qualidade para ajudá-los nos estudos.

A participação dos pais, portanto, tem um peso muito importante no sucesso da vida Escolar dos filhos. Como afirmava um antigo comercial de tevê, não basta ser pai, é preciso participar. O tempo é único e não volta. Pais, façam a sua parte, educando, acompanhando a vida Escolar e cuidando bem de seus filhos.

*Membro do Conselho de Governança do Todos Pela Educação, do Conselho do Educar para Crescer e do Conselho Nacional de Educação

 
Comentários:

Peço licença ao autor da reportagem para destacar os trechos acima. Só por esses pontos, esta é uma matéria que deveria ser lida e refletida por todos nós.  

O presente para o Dia das Crianças recomendado por um educador/administrador


Por Ednaldo Ribeiro,
Psicopedagogo, Administrador e Professor
 

O Dia das Crianças está próximo e encontramos muitos pais preocupados com a escolha do tão almejado presente dos filhos. Além do dilema vivido pelos pais, tem-se o poder marketing na mídia tentando despertar novos desejos. Quando estudei administração mercadológica ficou evidente que o marketing tinha como objetivo “satisfazer a necessidade dos clientes” e depois o objetivo foi além e mudou para “despertar o desejo”. Os pais precisam ter claramente essa diferença entre Necessidade e Desejo dos filhos. O mais importante é satisfazer as necessidades. Segundo Maslow – a autor da mais reconhecida teoria sobre motivação humana, as necessidades têm uma hierarquia. Em primeiro lugar os pais devem buscar satisfazer as necessidades fisiológicas: as crianças não podem ficar com sede, fome etc. Depois aparecem as necessidades de segurança; as crianças não podem viver em um ambiente de medo, inclusive, medo de apanhar dos pais.

Então, surgem as necessidades sociais e de relacionamento com a família e com os colegas. Em seguida estão as necessidades de autoestima, respeito, autoconfiança e conquista. Como será que está a autoconfiança das crianças? Como tem sido a impacto do desempenho escolar na autoestima dos alunos?

Por último, estão as necessidades de autorrealização, isto é, as pessoas querem ser e/ou ter, no entanto, é muito mais motivador conquistar com suas próprias forças e capacidades do que ganhar. Portanto, os pais precisam “dar de presente” as condições para que os filhos consigam realizar seus desejos. Ganhar um carro dos pais deve ser muito bom, porém, deve ser muito melhor ter condições de comprar o próprio automóvel, é a autorrealização. Não é o objeto, mas a capacidade de realizar. Deixar de realizar os desejos não vai causar consequências na formação dos jovens, mas não satisfazer necessidades essenciais pode gerar sérios transtornos.

Os pais podem dar celular, game ou outros brinquedos e assim podem satisfazer os desejos dos filhos, mas não deixem de dar livros, amor e carinho,  desenvolver a autonomia, autoinstrução etc. Tenho certeza que essas são as prioridades.

 


Segundo a Teoria de Abraham H. Maslow, as necessidades humanas podem ser agrupadas em cinco níveis:
Necessidades fisiológicas
São as necessidades mais básicas, mais físicas (água, comida, ar, sexo, etc.). Quando não temos estas necessidades satisfeitas ficamos mal, com desconforto. Esta condição nos conduz à ação na tentativa de diminuí-las ou aliviá-las rapidamente para estabelecer o nosso equilíbrio interno. Uma vez satisfeitas estas necessidades o indivíduo muda o foco e se preocupa com outras coisas. Como as crianças podem ter necessidade de conhecimento com a barriga vazia?

Necessidades de segurança
Nos adultos esta necessidade se manifesta no medo de perder o emprego, de ser assaltado, de não ter um teto por isso procuramos fugir dos perigos, buscamos por abrigo, segurança, proteção, estabilidade e continuidade. Alguns acham que a busca por uma religião visa satisfazer essa necessidade. Nas crianças, esta necessidade se manifesta no medo de perder os pais, os amigos, perder de ano, de apanhar etc. Por isso é difícil o aprendizado nas situações de violência.  

Necessidades sociais
O ser humano tem necessidade de pertencer e de amar e pertencer. Nós queremos  fazer parte dos grupos e por isso nos associamos. O “ser humano não é uma ilha”. Esta necessidade pode explicar a existência das torcidas organizadas, das associações de bairro e dos jovens se vestirem com roupas parecidas, colocarem brincos, tatuagens etc. Eles querem fazer parte do grupo. Todas estas associações  proporcionam o sentimento de pertencer a um grupo, ou a uma “turma”. As empresas entenderam essa necessidade e criaram as sedes sociais e grêmios. Praticamente todas as empresas multinacionais do Polo Petroquímico na Bahia têm um grêmio recreativo para que os funcionários e familiares se encontrem. Alguns bancos também.  

Necessidades de estima, amor, status
O ser humano busca a aprovação dos outros e a sua própria aprovação. O indivíduo que ser competente, alcançar objetivos e ter reconhecimento. Portanto, as pessoas necessitam de autoestima e autoconceito adequados. É fundamental gostar de si, acreditar em si e dar valor a si próprio e, muitas vezes, isso é construído pelo reconhecimento e a atenção que se recebe das outras pessoas. Existe muita confusão por causa da autoestima. Muitas pessoas não conseguem ter uma autoestima adequada em função do fracasso escolar e buscam compensar isso, por exemplo, tentando ficar mais magra ou mais bonita, mascarando o problema.

Necessidade de autorrealização
O indivíduo busca a sua realização como ser humano. O ser humano tem um potencial infindável, como disse muito bem o prof. Toru Kumon. Segundo Maslow, esta necessidade jamais será completamente satisfeita, pois o indivíduo buscará sempre mais. Um exemplo é a obtenção de conhecimento – não existe limite para o conhecimento.