Brasil tem variedade de
currículos para o Ensino Fundamental
Todos Pela Educação consultou capitais de todo país para saber como as
redes organizam suas propostas curriculares
João Bittar/MEC
Mariana Mandelli
Colaborou Rita Trevisan
Colaborou Rita Trevisan
O que se ensina numa aula de matemática do 5º ano em Goiânia (GO) é o
mesmo que os alunos de uma escola gaúcha aprendem? Os estudantes dos anos
finais do Ensino Fundamental de Recife (PE) têm acesso aos mesmos conteúdos de
ciências que as crianças paulistanas? Existe uma base comum para o que
professores de Brasília (DF) e Salvador (BA) ensinam em sala de aula?
Responder a essas perguntas não é muito fácil. O Brasil não tem um currículo
nacional para a Educação Básica – tema que é historicamente alvo de muitas
polêmicas. O que existe hoje são as diretrizes curriculares nacionais para cada
etapa, da Educação Infantil ao Ensino Médio. No entanto, os documentos são
bastante amplos, o que motivou o Ministério da Educação (MEC) a detalhar de
forma mais minuciosa o que os alunos devem aprender em cada ciclo. É o que se
chama de direitos de aprendizagem, tema que está em debate no governo federal
há cerca de um ano (leia
mais aqui).
Existe um paradoxo nesta
situação: em cada parte do país as escolas ensinam o que querem e quando querem
(ano, série, ciclo), mas a avaliação para o país inteiro é praticamente a
mesma, seja no ENEM ou nos vestibulares, nas faculdades ou no mercado de
trabalho. Precisa estabelecer o que é essencial, os pré-requisitos, o que
básico, enfim, o que todos devem aprender e deixar uma parte para as
necessidades específicas e/ou regionais. Mas em matemática, acredito que o
currículo não tem o que regionalizar.
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