Um colaborador anônimo deu uma importante contribuição para as discussões neste blog sobre educação, formação, competência e exercício da profissão por pessoas formadas na área (ainda não foi publicado por conta da forma e não do conteúdo). Muito obrigado!
Concordo que precisamos ter profissionais com formação na área de atuação e, minha opinião como educador e administrador em busca da excelência, que sejam, sobretudo, competentes.
Sou formado em Administração de Empresas e estudei Cálculo (limites, funções, derivadas e integrais) na graduação, mas já havia estudado no Ensino Médio na Escola Técnica Federal da Bahia – ETFBa, no curso de Técnico em Eletrônica, pois é necessário saber cálculo para entender os gráficos, por exemplo, da carga de um capacitor e desenvolver circuitos úteis à eletrônica e à informática.
Para ingressar na empresa que trabalho, o domínio de matemática foi fundamental, ou melhor, foi decisivo. O processo para duas vagas tinha mais de 30 candidatos e quase todos da área de exatas (matemáticos, engenheiros etc.), pois o anuncio no jornal A Tarde em junho de 1996 solicitava pessoas formadas na área de exatas, pois teria prova de matemática. Liguei para a filia desta empresa em BH e perguntei se administrador não podia participar do processo e a recepcionista disse que poderia, contanto que tivesse domínio de matemática. Eu fui e só duas pessoas passaram na prova de matemática: eu e um professor de matemática (um cara “fera” em matemática e física). Depois soubemos que eu errei uma questão e ele duas. Em função disso ele me convidou para substituí-lo em algumas classes e confessou que pela primeira vez encontrou alguém que teve um desempenho melhor que o dele e por isso estava indicando para a diretora.
Embora tenha feito de curso de Docência do Ensino Superior e, além do ótimo domínio de matemática e boa didática, para que a escola me contratasse eu tive que obter uma autorização para ensinar matemática na Secretaria de Educação da Bahia. A responsável da SEC da Bahia analisou meu histórico escolar e deu a referida autorização.
Por que será que a SEC estava autorizando para que profissionais de outras áreas pudessem “socorrer” e lecionassem matemática? Pela falta de professores de matemática.
Por que isso acontecia ou ainda aconteça?
Será que por causa da pesquisa abaixo divulgada neste mês (julho de 2012)?
Apenas 1 em cada 4 brasileiros domina leitura, escrita e matemática, segundo pesquisa
Sou que tem uma pesquisa na Universidade Estadual de Londrina mostrando que muitos professores que ensinam matemática não têm domínio da disciplina que leciona, isto é, ensinam matemática, mas não dominam os cálculos.
Para mudar de assunto sobre currículo na área de educação, fiz o curso de Psicopedagogia Institucional de 360 horas na Universidade da Amazônia – UNAMA (na última disciplina mudei de região e não pude concluir), depois fiz e concluir o curso de Psicopedagogia Institucional e Clínica de 720 horas na Universidade Filadélfia – UNIFIL e este ano comecei o Mestrado em Educação pela USAL em Buenos Aires.
O currículo e a formação são fundamentais, no entanto, como administrador tenho certeza que o mais importante é o resultado na educação do aluno. Infelizmente têm muitos profissionais formados em faculdades que não formam ninguém. Um prova disso são os cursos que têm exames como a OAB em apenas 25% dos bacharéis recebem a autorização para exercício da profissão e 75%? O que será que aconteceria se tivesse tal avaliação para administradores, médicos e professores de matemática???
A contribuição do anônimo foi no tópico sobre autoestima e formação do jovem “Eu me acho” e gostaria de postar aqui a contribuição sobre o que ele pensa e como avalia o efeito da matemática e a autoestima.
Ah! Juntando os dois assuntos professor de matemática e educação, acredito que todos os educadores deveriam ter formação em psicopedagogia e mais conhecimento de didática, além, é claro, dominar o conteúdo que ensina.
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