Claudio de Moura Castro

Sucesso tem fórmula

"Serve para toda competição: qualidade valorizada,
seleção dos melhores, prática obsessiva e persistência.
Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados"

Durante séculos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa forma, muito mais do que os mares. Para isso tinha os melhores navios. E, para tê-los, precisava de excelentes carpinteiros navais. Com a tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metálica. Impossível manter a superioridade sem caldeireiros e mecânicos competentes. Uma potência mundial não se viabiliza sem a potência dos seus operários.
Ilustração Atômica Studio

A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela criação do mais respeitado sistema de formação técnica e vocacional do mundo. Daí enchermos a boca para falar da "engenharia alemã". Mas, no fim das contas, todos os países industrializados montaram sistemas sólidos e amplos de formação profissional. Para construir locomotivas, aviões, naves espaciais.
Assim como temos a Olimpíada para comparar os atletas de diferentes países, existe a Olimpíada do Conhecimento (World Skills International). É iniciativa das nações altamente industrializadas, que permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Compete-se nos ofícios centenários, como tornearia e marcenaria, mas também em desenho de websites ou robótica.
Em 1982, um país novato nesses misteres se atreveu a participar dessa Olimpíada: o Brasil, por meio do Senai. E lá viu o seu lugar, pois não ganhou uma só medalha. Mas em 1985 conseguiu chegar ao 13º lugar. Em 2001 saltou para o sexto. Aliás, é o único país do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro, competindo com 539 alunos, de sete estados, em 44 ocupações. É isso mesmo, os graduados do Senai, incluindo alunos de Alagoas, Goiás e Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo e o terceiro melhor do mundo em formação profissional! Não é pouca porcaria para quem, faz meio século, importava banha de porco, pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha centros de formação profissional.
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece milagre, quando consideramos que o Brasil, no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), por pouco escapa de ser o último. Mas nem há milagres nem tapetão. Trata-se de uma fórmula simples, composta de quatro ingredientes.
Em primeiro lugar, é necessário ter um sistema de formação profissional hábil na organização requerida para preparar milhões de alunos e que disponha de instrutores competentes e capazes de ensinar em padrões de Primeiro Mundo. Obviamente, precisam saber fazer e saber ensinar. Diplomas não interessam (quem sabe nossa educação teria alguma lição a tirar daí?).
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos para a Olimpíada. O princípio é simples (mas a logística é diabolicamente complexa). Cada escola do Senai faz um concurso, para escolher os vencedores em cada profissão. Esse time participa então de uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais participam de uma Olimpíada nacional. Dali se pescam os que vão representar o Brasil. É a meritocracia em ação.
Em terceiro lugar, o processo não para aí. O time vencedor mergulha em árduo período de preparação, por mais de um ano. Fica inteiramente dedicado às tarefas de aperfeiçoar seus conhecimentos da profissão. É acompanhado pelos mais destacados instrutores do Senai, em regime de tutoria individual.
Em quarto, é preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar do último lugar, em 1983, para o segundo, em 2007, transcorreram 22 anos. Portanto, a persistência é essencial.
Essa quádrupla fórmula garantiu o avanço progressivo do Brasil nesse certame no qual apenas cachorro grande entra. Era preciso ter um ótimo sistema de centros de formação profissional. Os parâmetros de qualidade são determinados pelas práticas industriais consagradas, e não por elucubrações de professores. Há que aceitar a ideia de peneirar sistematicamente, na busca dos melhores candidatos. É a crença na meritocracia, muito ausente no ensino acadêmico. Finalmente, é preciso muito esforço, muito mesmo. Para passar na frente de Alemanha e Suíça, só suando a camisa. E não foi o ato heroico, mas a continuidade que trouxe a vitória.
A fórmula serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prática obsessiva e persistência. Quem aplicar essa receita terá os mesmos resultados.

Palestrante Virtual

Por falar nas mudanças e a influência da tecnologia na capacitação e educação permanente, quem imaginaria em "Palestrante Virtual"?
E virtualmente a realização de um sonho?


 



 
Participação ativa nos assuntos educacionais. Precisamos participar e agir para melhorarmos a educação.

A importância da educação nos primeiros anos

54 mil alunos participam da segunda edição da Prova ABC

Fazem a prova alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental, de 1.200 escolas

Divulgação/Todos Pela Educação
30/11/2012

De 13 a 23 de novembro acontece, em todo o País, a aplicação da segunda edição da Prova ABC (Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização), uma parceria do movimento Todos Pela Educação, da Fundação Cesgranrio, do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A prova tem como objetivo avaliar a qualidade da alfabetização dos alunos nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Nessa edição, serão avaliados cerca de 54 mil alunos do 2º ano e 3º ano do Ensino Fundamental, em 1.200 escolas públicas e privadas distribuídas em 600 municípios brasileiros.

A primeira edição da Prova ABC, aplicada no início de 2011 apenas nas capitais, contou com a participação de 6 mil alunos que tinham concluído o 3º ano do Ensino Fundamental, de 250 escolas. Os resultados revelaram que apenas 56,1% dos alunos aprenderam o que era esperado em Leitura para este nível do ensino, 53,4 em Escrita e 42,8% em Matemática, com grande variação entre as regiões do País e as redes de ensino (pública e privada).

 
 
Opinião: Educação Infantil de qualidade pode alavancar Ensino Médio
"O Brasil brigou para encaixar as creches na criação do Fundeb, mas os recursos da União e sua capacidade de atuação na primeira infância são pífios", afirma Alexandre Le Voci Sayad
Fonte: Estadão.com
30/11/2012
Fuvest e Enem não são sinônimos de Educação. Tampouco o Ensino médio o é. Em tempo de crescimento econômico e crise de mão de obra qualificada, uma onda de inconsciente coletivo costuma a apontar essa etapa como a única chave para a formação completa de cidadãos e trabalhadores adultos – “felizes e bem sucedidos”.
Não é tarde lembrar que os mais recentes estudos da neurociência apontam para o período de zero a cinco anos como o mais importante na formação cognitiva; é justamente nessa etapa que cerca de 90% da complexa rede neuronal é formada. A pergunta que paira no ar, esquecida nas vésperas dos vestibulares, é: será essa a gestão do Ministério da Educação que vai votar na Educação infantil a importância merecida?
 
 
Comentários:
 
Como essas duas reportagens refletem bem a situação as contradições e problemas da educação no Brasil. Por um lado, fica evidente a importância da educação nos primeiros anos da criança, mas, por outros, os resultados das crianças brasileiras não são satisfatórios.

Os resultados revelaram que apenas 56,1% dos alunos aprenderam o que era esperado em Leitura para este nível do ensino, 53,4 em Escrita e 42,8% em Matemática, com grande variação entre as regiões do País e as redes de ensino (pública e privada)”.

“Não é tarde lembrar que os mais recentes estudos da neurociência apontam para o período de zero a cinco anos como o mais importante na formação cognitiva; é justamente nessa etapa que cerca de 90% da complexa rede neuronal é formada”.

Brasil aparece em penúltimo em ranking de educação

27/11/2012 - 18:03
Veja/Abril

 Estudo leva em conta testes internacionais e coloca à frente do Brasil nações como Colômbia, Tailândia e México


Brasil faz feio em novo ranking de educação (Eduardo Martino/Documentography)

A educação brasileira fez feio em outro ranking internacional. Divulgado nesta terça-feira, o índice de qualidade elaborado pela empresa Pearson, de materiais e serviços educacionais, coloca o Brasil na penúltima posição da lista, atrás de nações como Colômbia, Tailândia e México. Apenas os estudantes da Indonésia figuram atrás dos brasileiros. Foram avaliados 39 países mais a região de Hong Kong.

O indicador, batizado Índice Global de Habilidades Cognitivas e Realizações Educacionais, foi feito com base em três testes internacionais de educação: o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), o documento Tendências em Estudo Internacional de Matemática e Ciência (TIMSS) e o Progresso no Estudo Internacional de Alfabetização (PIRLS). Essas avaliações compreendem o aprendizado de matemática, leitura e ciências durante o ciclo fundamental (1º a 9º ano).

No topo do ranking, figuram Finlândia, na primeira posição, e Coreia do Sul, na segunda. "Ao comparar os sistemas educacionais dos dois países pode ser difícil imaginar resultados semelhantes obtidos a partir de sistemas tão diferentes: o último é frequentemente caracterizado como rígido e de intensa carga de provas e avaliações. Já o sistema finlandês é considerado muito mais tranquilo e flexível. Um exame mais detalhado, porém, mostra que ambos se desenvolvem por meio de professores altamente qualificados, cujos resultados são mensurados", diz o estudo.

Além do Índice Global, a Pearson lançou nesta terça-feira o portal The Learning Curve (ou "A curva do aprendizado"), site que traz informações dos sistemas educacionais de 50 países. Índices, vídeos, indicadores, cases, artigos, mapas, dados socioeconômicos, infográficos podem ser acessados na nova plataforma.

Confira o ranking:
1. Finlândia
2. Coreia do Sul
3. Hong Kong
4. Japão
33. Chile
34. Turquia
35. Argentina
36. Colômbia
37. Tailândia
38. México
39. Brasil
40. Indonésia


Comentários:
 Até quando vamos conviver com notícias como essa? São várias mídias e diferentes avaliações e tem gente que prefere “tapar o Sol com a peneira” e questionar os testes.

Por mais que apresentem distorções, o que muda com cinco posições para cima ou para baixo (felizmente para baixo nem tem como).
Nesta semana tem uma reportagem sobre Educação na revista Veja falando da valorização dos professores e o esforço concentrado na preparação dos alunos na educação básica.
No lugar de enfrentamento, vamos unir forças, vamos divulgar os casos de sucesso... Enfim, vamos resolver o problema!  
Acorda!

Homenagens ao Psicopedagogo no dia 12 de novembro


Caros colegas Psicopedagogos,

Parabéns pela passagem do nosso dia!

Sou dedicado e apaixonado pela Psicopedagogia e acredito que os Psicopedagogos darão uma grande contribuição para mudar a situação da educação brasileira.
E é o que o Brasil mais precisa. Sempre fui encantado com a Psicologia e quando descobri a origem da palavra pedagogo – aquele que conduz a criança
(da Grécia, paidós = criança e agogé = condução)...
Pensei, preciso descobrir o que é a Psicopedagogia e vi que é muito mais que juntar duas coisas que eu já gostava. Psicopedagogia é verdadeiramente pensar e agir para que o aluno aprenda e se desenvolva...
Para que seja tudo que ele pode ser, para que seja feliz e proporcione felicidade à sociedade.
O profissional que não descansa
                            Enquanto a criança não aprende.
Psicopedagogo, mas que o novo profissional,
é um novo olhar sobre o ser humano.
Parabéns para você que transforma a sociedade por meio das pessoas!!
Alfabetização até os 8 anos dará prêmio em dinheiro às escolas

MEC distribuirá R$ 500 milhões a partir de 2014

Fonte: O Globo (RJ)
09 de novembro de 2012

O Ministério da Educação (MEC) distribuirá prêmios no valor total de R$ 500 milhões, a partir de 2014, para Escolas da rede pública com bom desempenho na Alfabetização de crianças. O anúncio foi feito ontem pela presidente Dilma Rousseff, ao lançar o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
O pacto tem o objetivo de garantir que todos os Alunos da rede pública aprendam a ler e a escrever até os 8 anos e adquiram noções de matemática. As regras da premiação ainda não foram definidas, mas é possível que parte do dinheiro seja destinada a Professores do 1º ao 3º ano do Ensino fundamental.
O foco da iniciativa serão os Alunos dos três primeiros anos, o chamado ciclo de Alfabetização, que atende 7,9 milhões de Alunos na rede pública. Em parceria com 36 universidades públicas, o MEC oferecerá cursos de formação para os 360 mil Professores dessas Escolas. Os profissionais receberão ajuda de custo de R$ 150 por mês. Outros 18 mil orientadores ganharão bolsa de R$ 765 mensais.
Dilma anunciou investimento federal de R$ 1,1 bilhão em 2013 e R$ 1,6 bilhão em 2014, totalizando R$ 2,7 bilhões nos próximos dois anos.
- O que eu quero do Brasil é construir um país que seja, no mínimo, de classe média. Não há no mundo um país de classe média que não seja um país de oportunidades - disse Dilma.
A presidente defendeu que o pacto vire uma obsessão. Ela enviou medida provisória ao Congresso, com a finalidade de transformá-lo em lei:
- Está em jogo o futuro do Brasil. A insuficiência de aprendizado das crianças brasileiras da Escola pública está na raiz da desigualdade e da exclusão.
O governo federal entrará com o dinheiro, mas a execução das ações dependerá dos municípios e estados, que são os responsáveis pelas Escolas. Até ontem, 5.270 prefeituras já tinham aderido, bem como as 27 unidades da federação.
Um teste nacional verificará anualmente o nível de Alfabetização dos Alunos ao final do 2º e do 3º ano do fundamental. Em 2013, porém, a prova será aplicada apenas no 3º ano - turmas de 2º ano só participarão a partir de 2014. Os resultados da prova servirão de base para a premiação. O MEC distribuirá 60 milhões de exemplares de livros didáticos e literatura, além de jogos.
O ministro Aloizio Mercadante disse que a Alfabetização é o caminho para diminuir a reprovação. Segundo ele, o país perde entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões por ano por causa da repetência nos Ensinos fundamental e médio. O MEC recomenda que as Escolas não reprovem Alunos dentro do ciclo de Alfabetização e que deem aulas de reforço, para impedir que crianças terminem o ciclo sem ler nem escrever.
- Todos os países que resolveram a questão do desenvolvimento começaram por uma Educação de qualidade - afirmou Mercadante.
De acordo com o censo do IBGE, 15,2% das crianças brasileiras eram analfabetas em 2010. Avaliações educacionais revelam, porém, que quase metade dos Alunos chega ao final do 3º ano do Ensino fundamental sem ler nem escrever.
Dilma disse que a Alfabetização de crianças, juntamente com o programa de construção de Creches e oferta de Ensino em tempo integral, faz parte de uma revolução pacífica.

Comentários:


Não ficarei na turma dos pessimistas pregando que não vai resolver o problema, mas oferecer dinheiro pode ser algo perigoso. O professor pode querer ganhar, mas se não tiver competência, não vai adiantar muito.

Quais serão os cursos que os professores terão? Mais do mesmo que não resolve ou terão uma metodologia eficaz para embasar o trabalho com os alunos?
Alfabetização terá "Enenzinho" anual
 
09 de novembro de 2012

Para Aloizio Mercadante, não é possível combater a evasão e a repetência sem um instrumento de avaliação

Fonte: Correio Braziliense (DF)

 
A partir do ano que vem as crianças de 7 e 8 anos de idade serão avaliadas para aferir a capacidade de ler, escrever e fazer contas básicas de matemática. Os exames estão previstos no pacote de medidas anunciadas ontem pelo governo, no lançamento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Ao custo de R$ 2,7 bilhões , a proposta visa a suprir uma deficiência no aprendizado de 15,2% dos Alunos brasileiros que não venceram a etapa da Alfabetização até os 8 anos.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, serão feitos dois testes: um pelas Escolas e outro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). A prova do Inep já será aplicada no ano que vem às crianças do 3º ano. Em 2014, passará a ser obrigatória também para os Alunos do 2º ano. Hoje, os estudantes são avaliados pela primeira vez no 5º ano, pela Prova Brasil.
Segundo o ministro, o exame seguirá um único padrão, com os mesmos critérios e um quadro bem detalhado para que a rede de Ensino possa tomar providências em relação à necessidade de reforço pedagógico, no sentido de assegurar que todas as crianças sejam efetivamente alfabetizadas até os 8 anos de idade. “Identificando a dificuldade já com 7 anos, no ano seguinte a gente tem uma política de reforço pedagógico”, esclarece Mercadante.
Segundo o ministro, o pacto pela Alfabetização visa a evitar a evasão Escolar e a repetência, que custam à pasta entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões por ano. Para a presidente Dilma Rousseff, só é possível aferir se as crianças estão no ciclo deAlfabetização efetivo com instrumentos eficazes de avaliação. “E não há como fazer isso sem fazer testes objetivos, principalmente se quisermos evitar que as elas cheguem à 5ª série (6º ano) sem conseguir dominar a leitura e as operações matemáticas simples”, disse ela.
Dados do MEC mostram a raiz da desigualdade social e regional. A taxa de Alunos com 8 anos que não estão alfabetizadas é de 34% no Maranhão e de 35% em Alagoas. Na outra ponta estão Paraná, com taxa de 4,9%, e Santa Catarina, com 5,1%.
Mas, para a diretora executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, os dados estão superestimados. “O número é ainda maior. O resultado da Prova ABC mostra que mais da metade (dos estudantes) chega ao 3º ano sem saber o básico de português e matemática. Dos jovens que terminam o Ensino médio, só 11% sabem matemática”, afirma. A expectativa dela é que o plano combata esses índices. “Mas só vou ficar realmente animada quando os números melhorarem”.
A proposta do governo prevê ainda R$ 500 milhões que serão investidos em prêmios para as melhores experiências, cursos de dois anos para 360 mil alfabetizadores (que vão receber também uma bolsa mensal), e compra de livros didáticos.
Para o secretário de Educação básica do ministério, César Callegari, o principal problema do aprendizado está na preparação dos Professores. “Há muita improvisação. Precisamos valorizar os alfabetizadores para que a Educação seja valorizada”, disse ele. Todas as secretarias estaduais de Educação e representantes de 5.271 municípios brasileiros firmaram o compromisso.
Polêmica
Apesar de o governo definir a idade de 8 anos como limite para que a criança seja alfabetizada, muitos pais querem que os filhos aprendam a ler e escrever antes disso. Baseados em uma pesquisa lançada no fim do ano passado pela Academia Brasileira de Ciências, alguns pais e responsáveis alegam que a fase mais propícia para a Alfabetização é até os 6 anos. Para Callegari, o impasse não respeita os direitos das crianças. “Não podemos passar uma coisa em cima da outra porque elas podem sofrer consequências danosas pelo resto da vida. Não é correto, você não pode estressá-las, elas têm direito de brincar. As etapas da infância precisam ser muito respeitadas e elas estão maduras para o processo mais organizado deEducação a partir dos 6 anos de idade.”
Destaque:
“Só vou ficar realmente animada quando os números melhorarem”
Priscila Cruz, Diretora executiva do Todos Pela Educação

Comentários:

Vou ficar com o comentário do próprio secretário de educação básica do MEC: "Há muita improvisação".
Por que não pesquisar quem está conseguindo? Existem métodos que conseguem alfabetizar com muita eficácia.
 

Editorial: Ensino medío


09 de novembro de 2012

"Quase três quartos dos alunos ficam aquém do mínimo aceitável", afirma jornal

Fonte: A Folha de S.Paulo (SP)
 

Em mais um atestado de que o Ensino médio brasileiro está em petição de miséria, o cientista social Simon Schwartzman, após analisar dados do Enem, revela que apenas 27,9% dos que fizeram a prova em 2010 obtiveram mais de 450 pontos em todas os testes (as notas máximas variam em torno dos 900).
Os 450 pontos, vale assinalar, são o novo limiar definido pelo Ministério da Educação para conferir diploma de nível médio a quem não concluiu essa etapa da Educação básica numa Escola. Ou seja, quase três quartos dos Alunos ficam aquém do mínimo aceitável.

O Grupo Folha não autoriza a publicação na íntegra do conteúdo produzido pelo jornal Folha de S.Paulo

Sem comentários

ENEM parte 3


Na prova de matemática, boa parte das perguntas envolveu o uso de raciocínio lógico em detrimento de fórmulas.
http://g1.globo.com/educacao/enem/2012/noticia/2012/11/prova-do-2-dia-do-enem-cita-picasso-drummond-mutantes-e-j-k-rowling.html


 Comentário:

Como eu imaginava, o ENEM vai evoluir dentro de um processo de melhoria contínua. É uma prova gigantesca em vários aspectos. E essa tendência de exigir mais interpretação e raciocínio lógico é muito boa, pois a vida precisa de disso e não de “decoreba”.

ENEM parte 2

Boa parte das questões da prova de linguagens foi baseada em textos e não em questões curtas e diretas sobre gramática, por exemplo. O poeta Drummond apareceu com os textos “Verbo Ser” e “Antigamente” com perguntas de língua portuguesa e interpretação de texto. Também foi tema de uma questão de interpretação o porta Luiz Fernando Veríssimo.

Para saber mais:

http://g1.globo.com/educacao/enem/2012/noticia/2012/11/prova-do-2-dia-do-enem-cita-picasso-drummond-mutantes-e-j-k-rowling.html

Comentário:

Que bom que o ENEM está evitando o "decoreba" e valorizando a interpretação. Acredito que os alunos que têm capacidade e hábito de leitura foram bem na prova.

Aproveito para agradecer aos amigos do blog Educação 3.0 pelas 5.000 visualizações!!

O que o aluno deve aprender em cada série/ano?


Brasil tem variedade de currículos para o Ensino Fundamental

Todos Pela Educação consultou capitais de todo país para saber como as redes organizam suas propostas curriculares


João Bittar/MEC



 

Mariana Mandelli
Colaborou Rita Trevisan

O que se ensina numa aula de matemática do 5º ano em Goiânia (GO) é o mesmo que os alunos de uma escola gaúcha aprendem? Os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental de Recife (PE) têm acesso aos mesmos conteúdos de ciências que as crianças paulistanas? Existe uma base comum para o que professores de Brasília (DF) e Salvador (BA) ensinam em sala de aula?

Responder a essas perguntas não é muito fácil. O Brasil não tem um currículo nacional para a Educação Básica – tema que é historicamente alvo de muitas polêmicas. O que existe hoje são as diretrizes curriculares nacionais para cada etapa, da Educação Infantil ao Ensino Médio. No entanto, os documentos são bastante amplos, o que motivou o Ministério da Educação (MEC) a detalhar de forma mais minuciosa o que os alunos devem aprender em cada ciclo. É o que se chama de direitos de aprendizagem, tema que está em debate no governo federal há cerca de um ano (leia mais aqui).


 
Comentário:

Existe um paradoxo nesta situação: em cada parte do país as escolas ensinam o que querem e quando querem (ano, série, ciclo), mas a avaliação para o país inteiro é praticamente a mesma, seja no ENEM ou nos vestibulares, nas faculdades ou no mercado de trabalho. Precisa estabelecer o que é essencial, os pré-requisitos, o que básico, enfim, o que todos devem aprender e deixar uma parte para as necessidades específicas e/ou regionais. Mas em matemática, acredito que o currículo não tem o que regionalizar.

 

Enem: um "país" maior que o Uruguai


Enem: um "país" maior que o Uruguai

Com 5,7 milhões de inscritos, exame só é menor que vestibular da China e provoca impacto nas escolas

Fonte: O Globo (RJ)

 Uma prova do tamanho de um país. Mais de 5,7 milhões de pessoas realizarão o Exame Nacional do Ensino médio (Enem) neste fim de semana, em 140 mil salas de 1.612 municípios do Brasil. O número de inscritos equivale à população da Nicarágua e supera a do Uruguai (3,4 milhões). Algo em torno de 400 mil fiscais atuarão nos locais de aplicação. Trata-se do maior exame público do país, e o segundo maior processo de seleção para Ensino superior do mundo. Só perde para o vestibular da China.

Cerca de 48 mil malotes com 11,5 milhões de cadernos de provas estão sendo distribuídos. Este ano, dez mil desses malotes terão lacres eletrônicos contra fraudes. Os dispositivos registram quando as provas são lacradas na gráfica e o momento da abertura nos locais do exame. O cuidado é bem-vindo, para evitar falhas de anos anteriores. Milhares de vagas em universidades e institutos federais estão em jogo.

Professor critica mudanças nas Escolas
O Enem começou há 15 anos, com 157 mil inscritos, e se tornou um gigante, não só em números como também no impacto que causa no Ensino médio. À medida que foi crescendo, mais e mais colégios adaptaram sua forma de lecionar ao conteúdo cobrado no exame do MEC. Estar bem colocado no "ranking do Enem" virou obsessão para Escolas, que aplicam simulados nos moldes da prova antes mesmo de o Aluno chegar ao ano do vestibular. Algumas realizam aulas com até três Professores, totalmente voltadas para o conteúdo interdisciplinar do Enem.


 
Comentário:
Aproveito a oportunidade para desejar muito sucesso e grande sorte aos alunos que vão fazer o ENEM nos próximos dias.
Sorte e Sucesso
Sorte é o encontro da preparação com a oportunidade. A oportunidade chegou e terá mais sorte quem tiver mais preparado.
O único lugar que sucesso vem antes de trabalho é no dicionário. Assim terá mais sucesso quem trabalhou melhor, dedicou-se mais, enfim, que tiver melhor preparado.
Observe que disse “trabalhou melhor” e não disse quem trabalhou mais e isso vale, sobretudo, para o estudo. Não adianta levar uma vida inteira estudando de forma insuficiente e tentar recuperar tudo estudando 12 horas por dia. Precisamos de Excelência na educação e isso é conseguido por meio da eficácia.

Por que, mesmo sendo a 6ª economia do planeta, o Brasil ainda está no 88º lugar do ranking mundial da educação?*
“A primeira explicação é histórica e cultural: a ideia de que a educação básica é um direito só foi de fato incorporada na nossa cultura muito recentemente. O segundo motivo é pedagógico: muitos projetos pedagógicos que as avaliações já mostraram serem ineficazes continuam em uso.
E a debilidade da educação já afeta nossa posição econômica, por não conseguirmos produzir aqui o que se faz facilmente em outros lugares.”
José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da UFMG.
“O que nos levou a essa contradição foi a falta de um projeto de nação que ultrapassasse os limites dos períodos governamentais e se concretizasse em políticas públicas eficientes.
A educação foi tratada, ao longo dos anos, com ações pontuais, sem estratégias claras e objetivos bem definidos. Por outro lado, a economia trabalha com processos de gestão, busca resultados e define metas previamente. Quando o país cuidar da educação da mesma forma que cuida da economia, o fracasso escolar, que atinge milhões de alunos, fará parte de uma história superada. Mas, para isso, é urgente rever a forma de trabalhar a educação brasileira.”
Viviane Senna, empresária brasileira, presidente do Instituto Ayrton Senna e conselheira do Todos pela Educação.
*Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Unesco, publicado em 2011.
Juntos, podemos mudar a realidade da educação no Brasil.
Faça a sua pergunta e encontre muitas outras respostas em:
Por que, mesmo sendo a 6ª economia do planeta, o Brasil ainda está
no 88º lugar do ranking mundial da educação?*
“A primeira explicação é histórica e cultural: a ideia de que a educação básica é um direito só foi de fato incorporada na nossa cultura muito recentemente. O segundo motivo é pedagógico: muitos projetos pedagógicos que as avaliações já mostraram serem ineficazes continuam em uso.
E a debilidade da educação já afeta nossa posição econômica, por não conseguirmos produzir aqui o que se faz facilmente em outros lugares.”
José Francisco Soares, professor da Faculdade de Educação da UFMG.
“O que nos levou a essa contradição foi a falta de um projeto de nação que ultrapassasse os limites dos períodos governamentais e se concretizasse em políticas públicas eficientes.
A educação foi tratada, ao longo dos anos, com ações pontuais, sem estratégias claras e objetivos bem definidos. Por outro lado, a economia trabalha com processos de gestão, busca resultados e define metas previamente. Quando o país cuidar da educação da mesma forma que cuida da economia, o fracasso escolar, que atinge milhões de alunos, fará parte de uma história superada. Mas, para isso, é urgente rever a forma de trabalhar a educação brasileira.”
Viviane Senna, empresária brasileira, presidente do Instituto Ayrton Senna e conselheira do Todos pela Educação.
*Fonte: Relatório de Monitoramento Global da Unesco, publicado em 2011.
Juntos, podemos mudar a realidade da educação no Brasil.
Faça a sua pergunta e encontre muitas outras respostas em:
 
COMENTÁRIOS:
Excelente campanha, pois precisamos de respostas e mudanças.
Por quê? Se “são as perguntas que movem o mundo”, espero que essa pergunta contribua para mudar e melhorar a educação brasileira.
Sobre as explicações apresentadas, concordo que a educação básica deve melhorar urgentemente, afinal, os problemas da nossa educação começam nas primeiras séries, ou melhor, nos primeiros anos. Também concordo sobre o motivo pedagógico, afinal, devemos trabalhar com base na eficiência e na eficácia. Precisamos conhecer os métodos que realmente proporcionam resultados eficazes. Conheço e gosto de várias teorias educacionais, mas quais são os métodos que desenvolvem os alunos?
Por último, acredito que precisamos de planejamento estratégico para a educação metas e ações. Muitos atuam na educação sem Visão e outros têm Visão, mas não têm ações. Precisamos dos dois



TDAH - A estratégia mais eficaz


Está acontecendo um grande embate, para não dizer conflito, entre médicos, principalmente psiquiatras e pediatras, e psicólogos e pedagogos sobre TDAH. Erros e acertos nos comentários dos dois lados. Mas quero adiantar a minha opinião. TDAH existe e conheço dois caminhos que estão entre os melhores para o desenvolvimento de crianças e adultos com TDAH: o estudo individualizado que respeita o ritmo, a capacidade e o momento de cada indivíduo e as Inteligências Múltiplas. Em casos mais severos, certamente uma minoria, podemos encaminhar para que o médico possa receitar a famosa Ritalina.

Outro aspecto de muita controvérsia em relação ao TDAH é o diagnóstico. A melhor recomendação é que seja feito por uma equipe multidisciplinar. Como o diagnóstico não é fácil, recomendam-se cuidados com as medidas extremas. Por isso que ratifico: a melhor proposta é a educação individualizada que não será nem tanto e nem tão pouco, contribuirá para o fortalecimento da autoestima e o desenvolvimento da concentração, aspectos bem delicados nas pessoas com o TDAH.

Ações embasadas na Teoria das Inteligências Múltiplas contribuirão decisivamente, pois identificando a área que a criança tem mais facilidade e identificação, com certeza será um começo para trabalhar a autoestima, concentração e por meio das potencialidades superar as dificuldades.

Conheci vários alunos diagnosticados com TDAH (?), mas preciso relatar um caso que me chamou a atenção. A aluna M estava na 3ª série do Ensino Fundamental (4º ano), segundo a professora, ela não se concentrava nas aulas e não parava em muitas outras atividades. Havia um diagnosticou que ela tinha TDAH. Analisei uma avaliação que comprovava que a aluna não sabia fazer as operações de divisão e tinha muitas dificuldades em multiplicação, subtração e adição. Na escola a aluna M tinha que resolver exercícios e problemas que envolviam as quatro operações. Como essa aluna ia ficar concentrada e focar a atenção para resolver o que ela tinha muita dificuldade? Percebendo que essa aluna tinha facilidade nas contas básicas de adição (3+1, 6+1), ela recebeu vários exercícios com essas operações, concentrou-se e resolveu tudo por 12 minutos com muita atenção. Elogiei bastante a dedicação e o desempenho dela e ela ficou bem feliz e motivada para fazer mais. 

É preciso ter ciência da capacidade e dos conhecimentos prévios do aluno para poder colocar uma atividade que ele tenha condições de acumular experiências de sucesso. Sem isso, não podermos afirmar que um determinado aluno é hiperativo ou tem déficit de atenção. Seria descortês com a criança.

Peça para uma pessoa que não sabe jogar xadrez para se concentrar numa partida de xadrez ou tente ensiná-la da forma mais complexa. Por certo dirá que não tem concentração.

Como crianças que são consideradas hiperativas ficam tranquilamente concentradas por várias horas diante do game?   

Não adianta um lado dizer que não existe e é apenas um perfil muito ativo dos tempos modernos, como também não se pode generalizar que todo muito precisa de química. EQUILÍBRIO. Equilíbrio nas análises e nos comentários fará muito bem para o principal interessado: o aluno.

Saiba mais sobre método de estudo individualizado do professor Toru Kumon e sobre formação em Psicopedagogia Modular - embasada na Teoria das Inteligências Múltiplas de Howard Gardner e na Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg.  As crianças com ou sem TDAH agradecerão profundamente.