Educação: estudo reforça a ideia de que a repetência prejudica o aluno
A taxa de repetência no Brasil está mais próxima da realidade da África Subsaariana que de qualquer outra região do planeta
ANGELA PINHO
Revista Época
REPETÊNTE - 15/09/2012 11h00
Quando o assunto é educação, há um ranking internacional em que o Brasil fica no topo. Não é o de matemática, leitura ou ciências. Nessas disciplinas, os alunos brasileiros estão no 53o lugar entre 65 países avaliados. Na lista da repetência, de quem mais reprova, o país sobe para a quarta posição. A taxa de repetência no Brasil está mais próxima da realidade da África Subsaariana que de qualquer outra região do planeta. No ensino fundamental, dez em cada 100 alunos são barrados a cada ano, principalmente nas escolas públicas. No médio, 13 em 100 foram reprovados em 2011, o maior nível desde que a estatística passou a ser divulgada, em 1999.
Se tudo continuar como está, o prognóstico para esses alunos é temerário, revela um novo estudo da organização Todos Pela Educação. O trabalho comprova com estatísticas abrangentes aquilo que os educadores já intuíam: a repetência compromete o aprendizado do estudante para o resto da trajetória escolar. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da entidade usaram dados da Prova Brasil, do Ministério da Educação, que avalia em português e matemática todos os alunos das escolas públicas de ensino fundamental.
Para saber mais:

Comentários:
Deixar transcorrer 200 dias letivos, um ano inteiro, e ao final concluir que foi reprovado é um absurdo. Todos têm responsabilidades neste processo, ou melhor, nos resultados ineficazes. Não é que o ano tenha sido perdido, mas as consequências para o aluno podem desmotivadoras, sobretudo, nas crianças pequenas. Podem provocar baixa autoestima e traumas. Mas a aprovação automática não é a solução. A solução é o aluno aprender e se desenvolver.   

Em educação não há segredo: é necessário ter qualidade sempre. Aprovação automática prejudica, mas também a reprovação causa prejuízo. Por isso é importante ter uma educação eficaz. Um caminho é a avaliação contínua que proporcione intervenções adequadas durante o processo e, evidentemente, de forma individualizada.
Sugestões de intervenções apresentadas neste blog:
Acompanhamento individualizado, conhecimentos prévios, lições diárias para casa de acordo com a capacidade do aluno, desenvolvimento da autoinstrução e da autonomia, elogios concretos e verdadeiros, atenção para capacidade de concentração e capacidade de execução de tarefas etc.  
Em suma, precisamos aplicar conceitos que a administração usa tão bem que a educação deixou de lado: eficácia, eficiência, objetivos, visão e busca por excelência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário