MEC lança guia para
esclarecer dúvidas sobre a redação do Enem
Quem fizer desenhos ou brincadeiras fora do contexto
vai tirar zero.
Todos os participantes vão receber de volta a redação corrigida.
Todos os participantes vão receber de volta a redação corrigida.
Geiza
Duarte Brasília,
DF
O
Ministério da Educação lançou um guia para esclarecer todas as dúvidas sobre a
redação de 2013. O MEC diz que a correção da prova de redação vai ser bem mais
rigorosa. Só erros muito leves serão tolerados. Quem fizer brincadeiras como as
do Enem de 2012, como hino de futebol e receita de macarrão, vai levar zero.
Acostumados
a escrever mensagens curtas, diretas e cheias de abreviações, muitos jovens
temem repetir o hábito na hora de fazer a redação. “’Por que’, aí você coloca
‘pq’. Aí sem querer você escreve e você vai olhar e pensa: ‘Nossa, isso aqui
não pode’. Porque conta, tira ponto”, diz a estudante Caroline Barros.
E tira
mesmo! A redação do Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, será corrigida com
mais rigor em 2013. Gabrielle Gonçalves diz que o jeito é ler e treinar muito:
“Aprender de tudo um pouco. Saber o que está acontecendo ao seu redor é muito
importante”, diz a estudante.
Pelo
menos dois professores vão avaliar o texto do candidato. Se houver uma
diferença superior a 100 pontos entre as duas notas, um terceiro professor
também vai corrigir a redação.
O
Ministério da Educação divulgou um guia para ajudar na preparação dos
estudantes. A redação poderá ter um tema social, científico, cultural ou político.
O candidato terá que mostrar que domina a escrita formal da língua portuguesa.
E que consegue organizar e interpretar as informações. Desta vez, quem fizer
desenhos e brincadeiras fora do contexto vai tirar zero.
O guia
tem dicas bem práticas. Deixa claro, por exemplo, que a redação não precisa ter
título. O candidato faz isso se quiser. E mais. Além de estar bem informado
sobre o tema, ele tem que dar uma opinião. Mostrar soluções para os problemas
apresentados.
Para o
professor de língua portuguesa Marcos Faria, é uma proposta interessante: “Está
exigindo reflexão, está exigindo um ser pensante, um ser atuante. Esse é o
principal objetivo: um ser que age”.
O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que todas as redações serão
devolvidas aos participantes com os comentários dos corretores: “A banca tem
que explicar por que ele teve aquela nota e isso permite um debate inclusive
para gente ir aprimorando cada vez mais o nosso processo”.
Edição do
dia 06/09/2013
06/09/2013
08h19 - Atualizado em 06/09/2013 08h42
Concurso para juiz do
Trabalho na Bahia não tem nenhum aprovado
Mais de 2,5 mil e candidatos se inscreveram
sonhando com uma vaga.
Nenhum candidato alcançou nota 6, mínimo para passar para as fases finais.
Nenhum candidato alcançou nota 6, mínimo para passar para as fases finais.
Mauro
Anchieta Salvador,
BA
Um
concurso para juiz do Trabalho na Bahia não teve um único candidato aprovado. E
olha que foram quase 2,6 mil inscritos.
O
Tribunal Regional do Trabalho abriu concurso para preencher nove vagas de juiz
em várias cidades da Bahia. Mais de 2,5 mil e candidatos se inscreveram
sonhando com uma bem remunerada carreira no serviço público. O salário inicial
de um juiz do trabalho é de R$ 14 mil.
Passadas
as primeiras fases eliminatórias, restaram 61 candidatos para a terceira etapa
do concurso, uma prova de redação. Eles tiveram que redigir uma sentença e o
resultado surpreendeu: todos foram reprovados. Nenhum candidato alcançou a nota
seis, o mínimo exigido para garantir vaga nas fases finais do concurso.
O
advogado Danilo Gaspar, um dos reprovados, alegou que a prova estava muito
difícil: "Só pode ser feita à mão em um prazo de quatro horas. Isso
dificulta bastante a elaboração da prova. Então, muitas vezes não se dá para
conseguir colocar em prática, colocar no papel, efetivamente, tudo aquilo que
você sabe, tudo aquilo que você quer".
A OAB,
Ordem dos Advogados do brasil, diz que não houve exagero no grau de dificuldade
da prova. "A OAB teve um representante na comissão que elaborou e corrigiu
essa prova. Então, a OAB entende que estaria ali compatível com o nível dos
alunos", explicou Taíse Bandeira, da Comissão de Concursos da OAB.
Os
candidatos têm até o fim da tarde desta sexta-feira (6) para entrar com recurso
administrativo no tribunal e tentar anular o resultado. Se a reprovação for
mantida, a Justiça do Trabalho vai ter que buscar alternativas.
"Se
esse resultado final se confirmar, então o tribunal poderá abrir edital de
remoção para que outros magistrados de outras regiões venham suprir essas vagas
e abrir um novo concurso", diz a presidente da Associação de Juízes do
Trabalho, Andréa Presas.
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