O que a geração Y espera do ensino no futuro

Estudo aponta o que universitários acham e esperam da educação online

Por Thiago Cid - 08/08/2013

Estudantes veem o futuro da educação como algo mais virtual e voltado para as mídias sociais (Foto: Shutterstock)

A consultoria americana Millennial Branding e o portal Internship.com produziram o estudo “The Future of Education” para entender como os jovens veem a educação online e as mudanças que a tecnologia pode trazer para o ensino. A pesquisa buscou saber como a geração Y interage em sala de aula e como as escolas podem melhor prepará-la para o mercado de trabalho.

À frente da pesquisa está Dan Schawbel, fundador da Millennial Branding e autor de livros como o recém-lançado Promote Yourself e o Eu 2.0, lançado no Brasil em 2009. Ele se juntou ao maior portal do mundo voltado para estágios, o Internship.com, para ampliar sua percepção sobre o tema.

O recorte da pesquisa foram os jovens nascidos entre 1980 e 2000, também chamados de geração Y ou millennials. A pesquisa foi feita com base em 1.345 entrevistas com universitários americanos. Apesar de retratar um cenário particular dos Estados Unidos, a pesquisa pode ser transposta por outros países devido à similaridade de comportamento e o envolvimento com tecnologia comuns às pessoas dessa geração.

Algumas das percepções seguem o senso comum a respeito dos millennials. O estudo detectou que os estudantes veem o futuro da educação como algo mais virtual e voltado para as mídias sociais – apenas 50% acreditam que é preciso assistir a aulas em salas físicas. Cerca de 40% afirmam que, no futuro, as grades escolares serão mais virtuais, e 19% pensam que as redes sociais são uma ferramenta para engajamento dos alunos. Eles não veem a educação online com as mesmas desconfianças que as gerações anteriores e acreditam que é possível ganhar experiência mesmo em um ambiente virtual.

“Os jovens entendem que o futuro da educação é online porque eles vieram ao mundo junto com a internet e estão preparados para a mudança”, escreveu no estudo o fundador da Millennial Branding, Dan Schawbel. Ele diz que há espaço para vários formatos de ensino, uma vez que as pessoas aprendem de maneira diferente umas das outras, e as aulas virtuais devem ser dadas para aqueles que se sentem melhor no ambiente eletrônico.

Outras percepções obtidas no estudo são:

Universidades devem preparar os estudantes para o mercado
Mesmo nos Estados Unidos, há uma impressão de que as faculdades não capacitam as pessoas para o trabalho. Dos entrevistados, 25% não se sentem preparados para enfrentar o mercado.


Os estudantes querem estágios, aconselhamento de carreira e mentoria
Quando perguntados em que as universidades falham na capacitação para o mercado, 51% responderam que é preciso maior esforço delas para oferecer estágios; 43% afirmaram que precisam de mentores; e 35% disseram que lhes falta aconselhamento de carreira.


 O estágio é visto como a principal forma de aprender habilidades para o mundo real
O estágio é a principal forma de capacitação para 57% dos entrevistados. Muito atrás estão as aulas, consideradas a ferramenta mais importante por 12% dos estudantes. Apenas 2% acreditam que os livros são a principal forma de aprender a profissão.


Quando perguntados sobre estágios online, 69% disseram que fariam um, se tivessem a chance. Mas 40% acreditam que o enfoque maciço em tecnologia prejudica o desenvolvimento de suas habilidades sociais.

Os alunos querem estudar sozinhos
Para se preparar para as avaliações, 75% querem estudar sozinhos
e 20% gostariam de estudar com os colegas. Esse desejo de isolamento se reflete na forma de acompanhar as aulas - 84% usam computador e 19% usam smartphones e tablets durante as classes.

Há espaço para crescimento da educação online
Os estudantes reconhecem as vantagens da educação online em termos de flexibilidade e custos: 43% acham que cursos online podem prover a mesma qualidade, ou até superior, das aulas físicas. Mas 78% admitem que ainda é mais fácil aprender nas salas de aula convencionais.


Os estudantes estão interessados em conquistar diplomas avançados
Cerca de 80% dos entrevistados disseram que buscam uma pós-graduação ou um mestrado. O motivo, para 55% dos respondentes, foi uma maior empregabilidade. Para 38%, a educação continuada é a melhor forma de criar uma rede de contatos relevante. 
http://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2013/08/o-que-geracao-y-espera-do-ensino-no-futuro.html

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Comentários:
Observe as partes sublinhadas e grifadas:

No quarto parágrafo, vamos analisar o seguinte trecho: “apenas 50% acreditam que é preciso assistir a aulas em salas físicas. Cerca de 40% afirmam que, no futuro, as grades escolares serão mais virtuais, e 19% pensam que as redes sociais são uma ferramenta para engajamento dos alunos”.  No lugar de apenas 50%, podemos dizer que mesmo na geração Y, 50% dos jovens acreditam que é preciso assistir aulas em salas físicas. E parece que 60% podem afirmar que, no futuro, as grades escolares não serão mais virtuais.

E mais: “Mas 40% acreditam que o enfoque maciço em tecnologia prejudica o desenvolvimento de suas habilidades sociais”, Muitos jovens têm consciência do prejuízo que o exagero em tecnologia pode causar.

E o que eles querem em termos de estudo? “Os alunos querem estudar sozinhos
Para se preparar para as avaliações, 75% querem estudar sozinhos
”. Qual é o método que desenvolve a capacidade e a postura para estudar sozinho? É possível estudar sozinho sem capacidade de leitura e interpretação? E se o assunto estiver em inglês, fica bom usar a tradução do Google?

E para o futuro? “Cerca de 80% dos entrevistados disseram que buscam uma pós-graduação ou um mestrado”.  Para fazer um mestrado que a maioria pretende, faz-se necessário ter uma graduação e desenvolver a postura de estudar e pesquisar de forma autoinstrutiva, apenas ter orientações.  

Os jovens querem um futuro promissor e feliz.

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