Educar não  tem receita, mas  tem orientação...

 Quem assistiu à reportagem Atores Mirins (http://www.youtube.com/watch?v=Kwzl06diqpY)?

Atores mirins
Fantástico 29.07.2007
Eles são fofinhos e derretem o coração de qualquer um. Mas por trás da carinha de anjo pode se esconder um ator em miniatura, capaz de fingir, enganar e distrair a atenção dos pais para conseguir o que quer.


Após assistir esta reportagem e ler artigos e livros de vários especialistas em educação infantil, deparei-me com uma situação bem delicada: na mais tenra idade os pais devem cuidar para que as crianças não se sintam abandonadas ou desprezadas, mas, por outro lado, os pais precisam ter cuidado para não fazer vontade ou atender aos caprichos e birras.

Um paradoxo tomava conta das minhas reflexões sobre o assunto. Estudei, fiz o curso de psicopedagogia e pesquisei muito para poder orientar bem as famílias. Foi muito importante participar de uma excelente palestra de Ivan Capelato em Londrina e li alguns artigos sobre a importância dos cuidados nos primeiros anos de vida (recomendo aos pais e educadores http://www.cpflcultura.com.br/2013/06/21/entrevista-com-ivan-capelatto-na-livraria-da-vila/).

Então, o que pais devem fazer?

Se não atender as manhas o bebê pode achar que está sendo abandonado, por outro lado, se correr para carregar quando o bebê chorar pode estar mimando... Então, o que fazer?

O importante é perceber a diferença sobre o que a criança transmite: necessidade ou desejo?

Se a criança apresenta uma necessidade, os pais devem satisfazê-la sem restrições, mas, por outro lado, se for desejo, os pais devem controlar e pensar bem se vão atender ou não e como vão fazer para o filho não cresça cheio de vontade, mas também vão cuidar da auto estima.

Para saber bem quais são as necessidades, uma boa base é a teoria de Maslow sobre A hierarquia das Necessidades, sendo que na mais tenra idade, deve-se dar uma  grande ênfase na necessidade de afeto.   

Desenvolva a disciplina, coloque limites, mas não economize afeto para o seu bebê.

A educação precisa de excelência.

Ednaldo Ribeiro, mestrando em educação, psicopedagogo, professor e administrador.

Um comentário:

  1. A hierarquia de necessidades de Maslow


    Atores mirins
    Fantástico 29.07.2007

    Eles são fofinhos e derretem o coração de qualquer um. Mas por trás da carinha de anjo pode se esconder um ator em miniatura, capaz de fingir, enganar e distrair a atenção dos pais para conseguir o que quer.

    Circula na internet um vídeo que mostra do que um bebê é capaz para chamar a atenção dos pais. O menino chora, esperneia. Ele percebe que não tem ninguém olhando e pára de chorar. Procura a mãe e se joga no chão de novo. A mãe continua a fingir que não está ouvindo. Uma atuação digna de Oscar.
    Uma pesquisa da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, mostra que bebês de apenas seis meses de idade já são capazes de algumas artimanhas para enganar os pais.
    “A criança dessa idade, ela não mente propriamente. Ela finge, ela engana”, explica a pediatra da Unifesp Sandra Campos.
    “A manha dela é se ajoelhar no chão, colocar a mãozinha na cabeça e fingir que está chorando, mas você vê que não tem lágrima nenhuma”, conta a mãe de Beatriz (11 meses), Arlete Trajano.
    “Quando ela finge que está caindo e vê a face de preocupação da mãe, ela aprende que aquele movimento gera aquela reação na pessoa”, ensina a pediatra Sandra.
    Quais são os truques dos bebês para tapear os adultos? O Fantástico escolheu uma menina de 10 meses – Laura - e entregou uma câmera aos pais dela para tentar registrar o teatrinho da manha.
    “É duro. Às vezes ela dá um pouco de trabalho em casa. Ela cisma geralmente com o que não pode, né?”, afirma o pai de Laura, Daniel Mescollote.
    “Ela desafia um pouco. Tem vezes que ela me chuta no trocador. Se você colocá-la caderão, o jantar tem que estar pronto. Se demorar muito ela irrita, fica chorando”, conta a mãe de Laura, Gisleine Mescollote.
    De acordo com o estudo, aos seis meses os bebês já são capazes de fingir que estão rindo só para agradar aos pais. Aos oito meses, eles aprendem a chorar de mentirinha para chamar a atenção.
    “Geralmente quando ela chora um pouquinho, ela dá uma paradinha, olha para você. Se você está olhando de novo, ela chora”, aponta a mãe de Laura.
    “A birra é uma forma de comunicação. Nesse período, as formas de comunicação são corporais. Quando a criança quer ou não quer, ela usa o corpo, jogando para frente, para trás, e isso dá a idéia do que ela deseja”, explica a pediatra.
    Segundo a pesquisa, aos oito meses as crianças esperam os pais virarem as costas para fazer escondido coisas proibidas.
    “Quando eu vou trocar a fralda dela, ela espera eu virar, para virar o pote de água, que derrama toda no chão”, conta Maria Soligo, mãe de Maria Clara, de 8 meses.
    Na hora da bronca, começa a chantagem.
    “Ela chega já abraçando, beijando. Faz um carinho, passa a mão no rosto. Ela é bem espertinha nesse sentido”, entrega Mirela Petruci, mãe de Sofia de 1 ano e 9 meses.
    Com um ano e meio, as atuações dos bebês vão ficando mais sofisticadas, como fingir para os pais que estão sentindo dor. Aos dois anos e meio, surgem pequenas mentirinhas como culpar o amiguinho por alguma coisa errada, ou provocações como dizer "não está doendo" quando leva uma palmada.
    Mas os pais não devem ficar preocupados: tudo isso é normal e importante para o desenvolvimento da criança.
    “É como um laboratório. De forma que ela entenda como as pessoas expressam as emoções. Preocupação, agressividade, alegria. Isso é muito útil, essa é a forma como a gente se relaciona sempre”, aponta Sandra Campos.

    Com apenas dez meses, Laura ainda tem muito o que aprender.
    “É um aprendizado nosso também”, diz o pai de Laura.
    Mas quem resiste a essas coisinhas lindas?

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