A PUCRS conta com o Laboratório de Aprendizagem (Lapren), que oferece
aulas de reforço em português e matemática
Foto: Gilson Oliveira/PUCRS/Divulgação
Foto: Gilson Oliveira/PUCRS/Divulgação
Ao chegar na universidade
muitos estudantes percebem que a educação básica falhou. Para impedir que
essas deficiências atrapalhem o rendimento dos alunos e façam com que eles
desistam dos cursos, algumas instituições
de ensino investem em aulas de reforço, que resgatam conteúdos que já deveriam
vir assimilados do ensino fundamental, como
conhecimento da tabuada e de ortografia.
De acordo com a professora da pós-graduação em Educação da Universidade
de São Paulo (USP) Sílvia Gasparian Colello, os espaços de reforço são lugares positivos de
aprendizado, porém não podem substituir o papel das escolas. "É como um tapa-buraco, pois é complicado
suprir nove anos de ensino fundamental, mais três de ensino médio só com
algumas aulas", afirma.
Para o professor da faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS) Helvécio Aguiar, essa má qualidade da educação básica
tem suas raízes na ditadura militar, período de sucessivas reformas na
educação, mas sem nenhuma que tenha privilegiado a formação do professor. O
especialista diz que o problema não escolhe classe social e aparece em alunos
oriundos de escolas públicas e privadas. "A forma de aprovação é um grande
problema, porque não aprova nada. O aluno é 'bonzinho' em sala de aula e não
incomoda, e isso pode bastar para que ele seja aprovado na escola",
critica Aguiar.
Reforço de tabuada e classes gramaticais
Para melhorar o desempenho dos alunos, há três anos a Faculdade Iguaçu, em Capanema (PR), oferece aulas de reforço. Sua base são as disciplinas de português e matemática, nas quais os estudantes encontram mais dificuldade. Entre os conceitos ensinados estão desde conteúdos básicos, como tabuada e classes gramaticais, até interpretação de textos e raciocínio lógico. Qualquer aluno matriculado na faculdade pode assistir às aulas, ministradas aos sábados e que não obrigatórias no currículo.
A diretora acadêmica da instituição, Andreza Piton, afirma que esse
espaço não deveria ser frequentado apenas por alunos iniciantes, mas também por
aqueles que já estão mais avançados na graduação, pois a atividade resulta em
uma melhora no desempenho dos estudantes em sala de aula. "Os alunos
começam a responder melhor ao estímulo dos professores, acompanham melhor a
aula, o que reflete em menos evasão da graduação", explica. Para melhorar o desempenho dos alunos, há três anos a Faculdade Iguaçu, em Capanema (PR), oferece aulas de reforço. Sua base são as disciplinas de português e matemática, nas quais os estudantes encontram mais dificuldade. Entre os conceitos ensinados estão desde conteúdos básicos, como tabuada e classes gramaticais, até interpretação de textos e raciocínio lógico. Qualquer aluno matriculado na faculdade pode assistir às aulas, ministradas aos sábados e que não obrigatórias no currículo.
Aulas de reforço não servem para ensinar todo o conteúdo do ensino médio
Para a coordenadora de ensino e desenvolvimento acadêmico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Valderez Lima, cada vez mais as universidades precisam estar prontas para auxiliar esse aluno que chega na graduação com um conhecimento que não é o ideal. "As universidades têm o dever de ajudar", salienta. Desde 2009, a PUCRS conta o Laboratório de Aprendizagem (Lapren), que oferece aulas de reforço em português e matemática.
Segundo Valderez, essas aulas não têm papel de substituir o ensino
médio, ensinando toda a matéria, mas são eficazes como preenchimento de lacunas
na educação do universitário. "Ela serve para completar um aprendizado que
não foi bem sucedido. Às vezes, o estudante não estava focado ou até não
entendeu a forma como o professor colocou o conteúdo", afirma a educadora.
Para a coordenadora de ensino e desenvolvimento acadêmico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Valderez Lima, cada vez mais as universidades precisam estar prontas para auxiliar esse aluno que chega na graduação com um conhecimento que não é o ideal. "As universidades têm o dever de ajudar", salienta. Desde 2009, a PUCRS conta o Laboratório de Aprendizagem (Lapren), que oferece aulas de reforço em português e matemática.
No curso de Publicidade e Propaganda da Anhembi Campinas, os professores
também reconhecem os reflexos do curso de nivelamento na sala de aula. "Os
estudantes sempre vêm relatar que ganham mais confiança na hora de escrever,
seja na elaboração do texto, seja em aspectos como crase e vírgulas",
afirma a professora Denise Lourenço.
Em qualquer graduação, o volume de textos que
precisam se lidos costuma ser grande. Em Publicidade e Propaganda, de
acordo com Denise, nessas horas, o nivelamento também é eficaz. "Tem muita
interpretação de texto. Logo no primeiro semestre, eles têm produção de
linguagem publicitária, em que precisam praticar um texto conciso e evitar o
senso comum. Para isso, é preciso ter bagagem, aí entram as oficinas",
explicaFonte: Terra-educação
http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5254485-EI8266,00-Para+recuperar+falhas+na+educacao+faculdades+ensinam+tabuada.html#tarticle
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Comentários:
Não tenho dúvida que a falta de base é um grande problema
que precisamos resolver. Não adianta o aluno avançar sem os conhecimentos
mínimos e sem as habilidades necessárias para aprender os novos conteúdos.
Sabemos quais são os pré-requisitos para aprender divisão: adição, subtração e
multiplicação, mas os alunos não têm estes conhecimentos prévios.
Também é extremamente fundamental que o aluno tenha
capacidade de leitura e interpretação. Isso é básico, mas a maioria dos alunos
não consegue desenvolver bem essa capacidade.
Por último, concordo que não é possível recuperar tudo isso
com aulas de reforço, como foi dito, não se resolve esses problemas com “tapa-buraco”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário