Os equívocos sobre motivação

Os equívocos sobre motivação

"Acho que a coisa mais importante que os pais - e qualquer pessoa - precisam entender é que MOTIVAÇÃO não é algo que uma pessoa faz pela outra. É algo que a pessoa faz por si mesma. desta forma, você precisa encorajá-la a perseguir aquilo que lhe interessa..."

Estava lendo na revista Administradores a entrevista do Daniel Pink, autor de alguns best-sellers influentes e nome constante em publicações como New York Times, Harvard Business Review e Wired.

Embasado nesta e outras leituras e das observações de 16 anos como educador, pensei no seguinte e achei interessante compartilhar com vocês:

Você não motiva a outra pessoa, mas cria as condições para que ela se motive, tais como: ponto ideal de estudo, exemplos nos momentos necessários, dicas, metas, previsão etc. Esses aspectos podem aflorar a motivação, isto é, podem ser MOTIVOS para a AÇÃO.

Evidente que, o que motiva um determinado aluno pode não motivar outro e o que motiva este aluno em determinado momento, pode ser que não o motive em outro. Por isso que dizem que não tem "receita de bolo". O mais importante é conhecer bem o aluno e para isso a observação é um instrumento precioso. E também por isso que é difícil ter alunos motivados na escola, pois é muito difícil para o professor conhecer bem os 30 ou 40 alunos da sala.

No entanto, a literatura especializada é repleta de aspectos que motivam muitos alunos. Motivos que comprovadamente podem despertar a ação (e o interesse) de muitos alunos a exemplo de desafio, elogio ou meta. Embora tenha alguns alunos que podem ficar ansiosos diante de desafios, pois têm medo de errar, geralmente acumulam experiências de “fracasso” e apresentam baixa autoestima. 

Conforme já compartilhei no blog, segundo Maslow, motivação é questão de necessidade e cada indivíduo tem necessidades específicas e em determinados momentos. Um aluno com elevada capacidade e autoconfiança, como alunos adiantados, deseja desafios. Por outro lado, uma criança com baixa autoestima, como muitos alunos novos, precisa de ponto partida fácil, acumular experiências de sucesso e elogios concretos e pontuais. Não adianta falar para este aluno que ele é inteligente e capaz, pois, diante das experiências que teve, dificilmente acreditaria. Diferente de dizer que ele conseguiu por ter se esforçado bastante, pois no exercício 14 + 7 ele errou, analisou, apagou e respondeu certo. Outro exemplo: que errava por não estudava os exemplo e agora que estuda, acertou bastante e vai avançar bem. Para esse aluno seria um desafio muito grande perguntar “quantos alunos tem no total em uma sala de aula que tem 14 meninos e 17 meninas?”. Ele nem sabe fazer direito 14 + 17 e também não apresenta boa capacidade de compreensão. Seria contraproducente para a motivação. Mas como saber disso? Conhecer a criança.  

Talvez, encontremos crianças com tantas experiências de “fracasso” que tenhamos que encontrar motivos para elogiar nas primeiras atividades, como por exemplo, o teste diagnóstico, caso contrário, será mais uma experiência de insucesso em sua vida que poderá marcar a crença em sua capacidade.

Conheço um método que proporciona condições para a realização da maioria dessas necessidades.

Desta forma, o que podem fazer para que o aluno fique motivado para fazer as lições em casa?

Um comentário:

  1. Boa tade Ednaldo,
    Estou participando no debate do grupo psicopedagogiando sobre intervenção psicopedagógica, e posso lhe dizer que estou adorando todos as informações ali apresentadas.Te convido a visitar meu blog:tsimarapsicopedagoga.blogspot.com.br e se puder me seguir, já estou te seguindo.
    Abraços

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