Uma boa notícia e um bom indicativo do "caminho das pedras". Oportunamente escreverei sobre autoconfiança com muito embasamento. Por enquanto, fico com seus comentários após a leitura dessa notícia.
21 de junho de 2011
Pisa: 22% dos alunos com condições socioeconômicas desfavoráveis têm notas altas
Mais tempo em sala de aula e autoconfiança são dois fatores que ajudam os estudantes
Reprodução
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação
Ao todo 22,1% das crianças e jovens de famílias brasileiras com condições socioeconômicas desfavoráveis conseguem ultrapassar barreiras e ter bom desempenho na escola. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada na publicação "Pisa em Foco - 5", com base nos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa).
Dois fatores que ajudam a vencer dificuldades, de acordo com a OCDE, são o maior tempo aprendendo em sala de aula e a autoconfiança dos estudantes. "Essas descobertas sugerem que as escolas podem ter um importante papel em estimular a perseverança dos estudantes", afirma o relatório. "As instituições de ensino poderiam oferecer mais oportunidades para que os estudantes de famílias mais pobres aprendam em sala de aula, a partir do desenvolvimento de atividades, práticas e métodos de ensinar que encorajem o aprendizado e promovam a motivação e a autoconfiança entre os estudantes de contextos menos favorecidos."
Outra medida que as escolas poderiam adotar, segundo a publicação, é verificar continuamente o aprendizado dos alunos de contextos mais desfavoráveis. "Focar esse monitoramento nos estudantes em desvantagem socioeconômica é crucial, pois eles são os alunos com menos chance de receber apoio em outros lugares, que não a escola".
Entre os países que fazem parte da OCDE, a média de alunos que ultrapassam os obstáculos é de 31%. Ou seja, em países como Portugal, Espanha, Itália, mais estudantes de famílias pobres conseguem ter alto desempenho acadêmico do que no Brasil.
Baixe aqui a planilha com os resultados de todos os países
Acesse aqui a íntegra da publicação "Pisa em Foco - 5" (em inglês)
Sobre a pesquisa
O estudo levou em conta os estudantes que estão entre os 25% com os mais baixos índices socioeconômicos e culturais do Pisa. Nesse grupo, foram selecionados aqueles que obtiveram notas entre as 25% melhores, levando em conta o contexto socioeconômico.
O Pisa, segundo a OCDE, tem como objetivo ajudar os países a verificarem como seus sistemas educacionais estão na comparação global dos quesitos qualidade, equidade e eficiência. Os melhores sistemas educacionais podem servir de inspiração para ajudar os estudantes a aprenderem melhor, os professores, a ensinarem melhor e os sistemas a se tornarem mais efetivos.
A avaliação mede o conhecimento nas áreas de leitura, matemática e ciências, sempre com foco na reflexão e na aplicação em questões da vida prática. Em cada uma das edições, uma das áreas é estudada de maneira mais aprofundada. Na edição de 2006, foi a vez de ciências; na de 2009, de leitura.
Essa pesquisa me chamou a atenção por um aspecto: os alunos estão autoconfiantes. Por que? Será a escola? Será o ambiente escolar? Por que, então, não estão todos autoconfiantes?
ResponderExcluirOuço muito se falar em educação na escola. O ministério encarregado de cuidar da formação de nossas crianças e adolescentes se chama Ministério da Educação. Discordo! A escola tem por objetivo transmitir conhecimento aos alunos, ensinar e desenvolver o raciocínio. Quem educa não é a escola e, sim, a família.
Por isso acho que a autoconfiança vem da família, da educação. E não precisa ser rico para ser educado, afirmamos até que é muito pelo contrário. A família, mesmo e principalmente pobre, educa seus filhos e, ele, mesmo tendo pela frente todos os desafios que encontra por ser pobre, se automotiva e os supera. Acho que é por aí.